quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Quarta-feira, Dezembro 02, 2009

10 pessoas que eu seguiria

Meu filho ainda era pequeno quando isso aconteceu. Estava aprendendo a andar e eu o levava quando íamos comprar pão. Certa vez passamos por um rapaz sentado no meio-fio. Ele estava lá parado, sentado, o olhar perdido no nada, como se até mesmo pensar fosse um esforço grande demais. Com os passos pequenos de meu filho, demoramos a chegar na panificadora, e demoramos a voltar, mas quando voltamos, lá estava o rapaz parado, estático, bobo. Era como se ele estivesse apenas observando a vida passar diante dele.A experiência me marcou. Percebi que existem pessoas e pessoas. Existem aquelas que simplesmente passam pela vida e deixam a vida ir embora, sem fazer qualquer diferença. Por outro lado, existem aquelas que se destacam tanto que mudam o mundo, o nosso jeito de pensar, a nossa percepção das coisas. São os grandes, os gigantes, cujos passos deveriam ser seguidos. Eis a minha lista:

Monteiro Lobato
Ao pensar em alguém que fez a diferença em minha vida e na de muitas outras pessoas, o primeiro nome que me vem à mente é Monteiro Lobato. Lobato é muito mais do que um escritor de literatura infantil, embora ele tenha produzido uma obra genial nessa área. Lobato foi um visionário, alguém muito avançado para sua época. Mesmo sua abordagem da literatura infantil tinha muito de afronta aos pré-conceitos, afinal, na época essa era considerada uma área menor da literatura. Lobato me ensinou o valor da clareza, da importância de compreensão por parte do leitor. Ele escrevia sobre os temas mais difíceis e sempre de maneira agradável. Tenho visto tanta gente que acha que escrever é enrolar o leitor numa teia de dificuldades e palavras difíceis (muitas vezes usadas equivocadamente), e sempre penso: esse pessoal não leu Lobato. E Lobato era de uma sinceridade provocante, embora também fosse muito gentil (quando Mário de Andrade escreveu um texto matando-o, Lobato declarou: "Mário é grande, ele tem o direito de nos matar"). Uma de suas frases prediletas virou meu lema: "Isto acima de tudo: sê fiel a ti mesmo".

Alan Moore
Não há quem leia uma obra de Alan Moore e não passe a ver os quadrinhos de forma diferente. Moore revolucionou a maneira como as pessoas viam os roteiristas. Antes, as grandes estrelas eram os desenhistas, disputados a tapas pelas editoras. Parecia que os leitores só compravam as revistas por causa dos desenhos. Alan Moore produziu obras tão fantásticas que a simples menção de seu nome na capa de uma revista já é indício de boas vendas. Sua genialidade é tal que é muito difícil definir qual é a sua melhor obra. Miracleman, Monstro do Pântano, Watchmen, V de Vingança, Do Inferno, todos esses são obras-primas. E são como cebolas, que descascamos e descobrimos novos sabores, novas interpretações a cada leitura. A melhor obra é aquela que nos surpreende a cada leitura. Eu poderia passar o resto da minha vida lendo e relendo os trabalhos de Alan Moore e uma leitura jamais seria igual à outra.


Gandhi
A ética inabalável, o desprendimento pelo fruto de suas ações e a generosidade mesmo para com os inimigos são exemplos que deveriam ser seguidos por qualquer homem público. Infelizmente, os exemplos são poucos e, por isso mesmo, louváveis. Gandhi é um deles. A todos esses atributos, ele juntou mais outro: a inteligência e a estratégia. Até o início do século XX, os ingleses eram vistos como homens nobres e civilizados, que estariam tirando suas colônias da barbárie. A forma violenta como os ingleses reprimiram as pacíficas manifestações de Gandhi mostraram ao mundo uma situação invertida: o honrado britânico na verdade era um bárbaro, enquanto o pequenino hindu se comportava como um gentleman. Inteligência, acima da violência, essa foi a grande lição de Gandhi.


Hipátia

Entre 370 e 415 viveu em Alexandria uma filósofa chamada Hipátia. Filha do sábio Theon, ela foi criada para ser um exemplo do ideal helênico de mente sã, corpo são. Hipátia dominava a matemática, astronomia, filosofia, religião, poesia, as artes e a retórica. Dizem que andava pelas ruas ensinando Aristóteles, Platão e Sócrates a quem quisesse ouvir. O fato de ser mulher e o fato de estar esclarecendo o povo incomodou os cristãos fanáticos, que a pegaram na rua, tiraram suas vestes, deixando-a nua, e a levaram para uma igreja, onde ela foi retalhada com conchas até a morte. Depois seu corpo e suas obras foram queimadas. Mesmo sabendo que era perigoso, Hipátia foi fiel a si mesma até o último momento.


Chaplin
A minha ligação com Chaplin é mais que estética. É espiritual. Alguém que tinha as mesmas crenças que eu e o mesmo tipo de inimigo. E Chaplin ensinou ao mundo que havia poesia até mesmo nos momentos mais tristes... Indico um filme menos conhecido, mas genial, que demonstra bem o tipo de história que Chaplin contava: Luzes da ribalta, sobre um palhaço que salva uma bailarina do suicídio.





Lao Tse
Foi o criador do taoísmo e de uma filosofia que valorizava a mudança, muito antes de Pitágoras. Para entender sua importância, é importante lembrar que, para muitos filósofos, existia uma essência imutável e a mudança era apenas aparente. Ao valorizar a mudança, o taoísmo nos dá uma dica sobre como lidar com o mundo e com a nossa própria vida. Também foi uma antecipação do anarquismo, ao dizer que o melhor governo é o que menos governa. DuchampO homem que revolucionou a arte, invertendo a lógica. Antes dele, o artista era visto quase como um artesão, alguém que tinha uma habilidade manual e a usava para criar coisas belas. Duchamp mostrou que artista é o autor da ideia. Fazer arte é idealizar, é pensar sobre o mundo e até sobre a arte. A mudança de foco trazida por ele permite, por exemplo, que Alan Moore, um roteirista de quadrinhos, seja considerado um grande artista.


Danton
De onde acham que tirei meu nome? Em 1989, comemorava-se os 200 anos da revolução francesa e as bancas foram inundadas de publicações sobre o assunto. Comprei tudo que pude. E fiquei fascinado com a figura de Danton, o único dos revolucionários que se levantou contra o terror revolucionário, mesmo sabendo que isso lhe custaria a cabeça. Como dizia Lobato: seja fiel a ti mesmo. Até o fim. Gian Lorenzo BerniniAntigamente eu assinava Jean Danton. Mas parecia estranho. Não era um bom nome. Então, um dia, folheando um livro na biblioteca, acabei me deparando com um texto sobre Bernini. Fascinante. Ele representou para o barroco o que Leonardo da Vinci representou para a renascença. Era arquiteto, escultor, pintor, cenógrafo. Suas imagens tinham a perfeição dos renascentistas, mas eram mais emocionais, o que era destacado pelo uso da luz. Gostei muito, tanto que peguei dele o nome.

O estudante chinês que parou um tanque
Ninguém sabe seu nome, mas ele fez história. Ficou na frente de um tanque que vinha para reprimir os estudantes em protesto na Praça da Paz Celestial, em Pequim. O motorista tinha permissão de atropelá-lo, mas não o fez, comovido com aquele gesto que muito me lembra Gandhi. Eu vi essa cena quando lia sobre Danton e a revolução francesa. A cena marcou minha adolescência. Se eu morasse na China, estaria ali. E também seria provavelmente morto quando o governo chinês resolveu usar a violência para acabar com o protesto que pedia liberdade e lutava contra a corrupção. Um gesto para ser seguido por todos aqueles que não compactuam com os canalhas e ditadores. Todos aqueles que são fiéis a si mesmos.
Postado por Gian Danton/Ivan Carlo às 6:59 AM

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mercado de Carbono irá expandir nos próximos anos

Enquanto no passado os preços do mercado de carbono estiveram altamente voláteis, em um mercado pós-copenhague os créditos podem ser vistos por investidores como um chão firme.

mercadocarbono

Durante as próximas décadas, o mercado global para créditos de carbono deve crescer para cerca de três trilhões de dólares, duas vezes o tamanho atual do mercado de petróleo. Esses créditos porém devem partir de investimentos de grandes incertezas, sendo utilizados como garantias contra prejuízos ou aumento da inflação.

Atualmente o esquema de comércio de emissões da União Europeia é o principal mercado mundial, mas os EUA, Austrália e vários outros países já demonstraram que tem esquemas parecidos em andamento.

A velocidade desse crescimento irá depender do que a conferência em Copenhague decidir, se forem incentivadas as economias com baixa emissões de carbono, mas independente disso, esquemas como o mercado europeu irão expandir pelo mundo todo.

Criticos reclamam que falta tranparência no mercado de carbono pois os verdadeiros compradores e vendedores se escondem atrás de corretores, mas de acordo com Alexandria Galin, responsável pelas políticas dos mercados de carbono e associação de investidores, isso é apenas um desenvolvimento natural enquanto o mercado amadurece.

“Instituições financeiras participam do mercado como parte de negócios, os quais elas não tem capacidade ou experiência para fazer por si próprias,” disse Galin.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Novas fontes de energia serão bem-vindas

O crescimento econômico deve estar atrelado à sustentabilidade ambiental

http://blogs.sudpresse.be/missterre/files/2008/03/parc-eoliennes.jpg

*Eduardo Pocetti – VALOR

O crescimento econômico do século XXI deve estar atrelado à sustentabilidade ambiental

O apagão sofrido por 18 estados brasileiros na noite de 10 de novembro ressuscitou o medo de que falte energia para suprir as necessidades da nossa economia aquecida. Ainda que o problema não tenha a ver com incapacidade de atender à demanda, é inevitável questionar: será que o Brasil aguenta o tranco de crescer quase 5% ao ano, como projetado para 2010? E as licitações ambientais? Elas vão continuar atrasando as obras de hidrelétricas importantes?

O crescimento econômico do século XXI deve, necessariamente, estar atrelado à sustentabilidade ambiental. Por isso, qualquer alternativa de geração energética que se adapte a esses critérios deve ser recebida com entusiasmo. Esse é o caso da energia eólica: até 14 de dezembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) examinará os cadastros de 441 empreendimentos focados nessa modalidade.

Otimizar a exploração do potencial eólico brasileiro é ainda mais oportuno dada a proximidade da 15ª Conferência Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CoP-15), que ocorrerá de 7 a 12 de dezembro, na capital da Dinamarca.

O principal objetivo da reunião, à qual o Brasil estará presente, é negociar um documento que substitua o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. A expectativa é enorme, e as pressões exercidas por diversos segmentos da sociedade, idem!

Desde que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC) reconheceu, em relatório oficial, que a temperatura da superfície terrestre está cada vez mais elevada e que esse aquecimento decorre das atividades humanas, teve início intensa mobilização em torno do tema. Hoje, governos, entidades de terceiro setor, organismos internacionais e iniciativa privada debatem alternativas para dirimir os problemas, levando em conta aspectos ambientais, humanos, científicos e econômicos.

Na contramão dessa aparente unanimidade – e, justiça seja feita, munidos de subsídios científicos consistentes -, outros grupos se opõem ferrenhamente ao que denominam “terrorismo ambientalista”. Embora minoritários, os partidários da ideia de que as mudanças climáticas são cíclicas, naturais e independentes da ação do homem arregimentam cada vez mais apoiadores.

É cedo para especular sobre os desdobramentos da cúpula de Copenhague. Mas, certamente, interesses e contextos múltiplos terão de ser avaliados e discutidos. Enquanto o Protocolo de Kyoto prevê metas diferenciadas conforme o estágio de desenvolvimento econômico de cada país, concedendo limites mais flexíveis para as nações emergentes, a disposição atual das nações ricas sinaliza uma postura muito menos condescendente, o que deverá se traduzir em regras mais duras para todos.

Essa inclinação ficou clara em Luxemburgo, onde os 27 países da União Europeia comprometeram-se com a fixação de metas de longo prazo para a redução de emissões de gases de efeito-estufa (GEEs): até 2050, suas emissões de dióxido de carbono devem ser de 80 a 95% menores do que em 2005.

Uma vez que a população tende a crescer, é imenso desafio conciliar as atividades imprescindíveis à manutenção de toda essa gente com o cumprimento das diretrizes ambientais pretendidas.

De antemão, já se sabe que as estratégias necessárias ao cumprimento dessas metas são abrangentes e preveem ações capazes de agradar até o mais xiita militante verde. Entre elas incluem-se a obrigatoriedade de submeter aviões e navios a regras de proteção ao clima e o estabelecimento de limites para as emissões do tráfego aéreo e marítimo.

Para os países que estão lutando para se posicionar como agentes econômicos fortes e competitivos no mercado mundial não é fácil assumir compromissos tão drásticos. Tanto que, durante a cúpula União Europeia-Brasil, realizada em outubro em Estocolmo, o presidente Lula deixou claro que o Brasil não teria como assumir a meta de “desmatamento zero”. Admitiu, porém, reduzir 80% do desmatamento até 2020, o que lhe valeu elogios por parte do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que definiu o plano brasileiro como “exemplar”.

O desmatamento é a principal fonte brasileira de emissões de gases de efeito estufa, e se essa meta for alcançada, o país deixará de emitir 5 bilhões de toneladas de gás carbônico anualmente.

Comparado à Rússia, à Índia e à China, o Brasil é o país que menos deixa a desejar no tocante à sustentabilidade. Além de dispor de uma das legislações ambientais mais rígidas do planeta, boa parte de suas indústrias já atua em conformidade com o que há de mais moderno em metodologias e recursos técnicos de produção mais limpa. Pioneiro e vice-líder na área de biocombustíveis, o Brasil detém a maior frota de veículos dotados de motor flex do mundo. Sua matriz energética é majoritariamente limpa e renovável, graças ao predomínio das hidrelétricas. Incluir as eólicas neste rol só agregará valor competitivo ao país.

É necessário, porém, encontrar caminhos para superar os entraves à exploração dessa fonte abundante e gratuita – o vento. Em primeiro lugar, a infraestrutura necessária ao seu aproveitamento custa caro, o que dificulta o uso da energia eólica em grande escala. Impõe-se também a necessidade de estudar os potenciais impactos negativos das usinas eólicas nas paisagens e na rota migratória das aves. Nesse sentido, o ideal seria fortalecer um modelo de parceria entre as universidades e o capital privado, onde a expertise intelectual das primeiras seria potencializada pela disponibilidade de recursos do segundo. Desse modo, seria possível imprimir maior velocidade às pesquisas, obtendo respostas rápidas e consistentes.

As empresas que souberem aproveitar as oportunidades, desenvolvendo negócios com o foco ambiental correto, terão chances concretas de colher resultados excelentes e de fortalecer sua participação nos mercados interno e externo.

Eduardo Pocetti é CEO da BDO no Brasil


Copiei daqui:

domingo, 27 de setembro de 2009

O seu lixo pode virar energia limpa

Tranformar o lixo das cidades em energia limpa, é a proposta do Engº Daniel Sindicic, Doutor na área de tratamento de resíduos sólidos e especialista em desenvolvimento sustentável.


Dados do IBGE indicam que no Brasil são gerados diariamente cerca de 140 mil toneladas de resíduos domiciliares, dos quais 70 mil toneladas são destinadas de forma totalmente inadequada nos lixões e o restante vai para aterros sanitários. Isso sem contar as 4 mil toneladas de resíduos produzidos pelos serviços de saúde, coletadas diariamente, das quais apenas 14% são tratadas adequadamente.

A falta de tratamento adequado dos resíduos em geral, a nova ocupação sucessiva de locais para deposição à medida que os mais antigos vão se esgotando, a própria escassez de espaço nas áreas urbanas, tudo isso vem gerando um problema cada vez maior e apresentando prejuízos incalculáveis para nossa sociedade em geral. Do ano de 1990 ao ano de 2000, a geração de lixo cresceu 49% enquanto a população cresceu apenas 19%. Dados do IBGE também estimam um crescimento populacional da ordem de 7,5 % nos próximos 10 anos. Isso significa que em 2019 seremos quase 206 milhões de habitantes no Brasil. E para onde vamos mandar tanto lixo?

Além de ser incentivador de ações que permitam maiores índices de redução e reciclagem, o Dr. Daniel Sindicic propõe a gestão de novas tecnologias para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Para isso, ele acrescenta um novo “r” na tradicional lista dos 3 “Rs” do meio ambiente:

Os “Rs” ficam assim:

1 – Redução do consumo.
2 – Reutilização dos materias.
3 – Reciclagem.
4 – RECUPERAÇÃO DE ENERGIA (RECICLANDO ENERGIA).

“Uma ótima solução para a destinação do lixo nas cidades é a GERAÇÃO DE ENERGIA a partir do tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos”, afirma o Dr Sindicic.

Dentro dessa quarta proposta da RECUPERAÇÃO DE ENERGIA, observe o quanto de energia elétrica é produzida através da combustão de apenas 1 kg de lixo domiciliar, de acordo com o Dr. Sindicic.

Poderemos obter energia suficiente para operar:

- um secador de cabelos por 24 minutos.
- uma máquina de lavar por 20 minutos.
- uma geladeira por 2horas e 52 minutos.
- uma tv por 5 horas e 45 minutos.
- um forno elétrico por cerca de 22 minutos.
- um ferro elétrico por 43 minutos.
- um computador por 5 horas e 45 minutos.
- uma lâmpada incandescente por 4 horas e 12 minutos.

Com apenas 1 kg de lixo, pode-se obter energia suficiente para tomarmos 8 banhos.

“O lixo urbano pode produzir calor e energia quando usamos tecnologias modernas para aplicar o quarto “erre” – RECUPERAÇÃO DE ENERGIA – obtendo assim a ENERGIA LIMPA.” diz o Dr Sindicic, phD pela USP na área de combustão e diretor da DDMA – Doutores do Meio Ambiente – “Atualmente existe tecnologia suficiente para tratarmos termicamente o lixo e obtermos energia limpa, sem agredir o meio-ambiente em nenhuma parte do processo”, afirma ele, com a propriedade de quem implantou o primeiro equipamento licenciado deste tipo no Brasil e atua há mais de 20 anos na área de tratamento de resíduos sólidos (incluindo resíduos perigosos, resíduos de tratamento de efluentes etc).

Além da recuperação de energia, se retomarmos o montante acima (140 mil toneladas lixo/dia) e aplicássemos o tratamento térmico, poderíamos evitar que aproximadamente 36 milhões de toneladas de CO2 seja lançada na atmosfera em um ano, o que seria uma ótima contribuição para reduzir o efeito do aquecimento global.

São Sebastião (litoral norte de São Paulo) poderá ser a primeira cidade brasileira a ganhar ENERGIA LIMPA através deste processo. Com o apoio da iniciativa privada e dos DDMA – Doutores do Meio Ambiente – está sendo implantado o primeiro projeto no Estado de São Paulo para geração de energia a partir dos resíduos sólidos urbanos. A fase de implantação, que é a primeira etapa do projeto, consiste no estudo do lixo, onde é realizado um levantamento minucioso da quantidade de lixo gerado pela região e o que cada resíduo irá gerar de energia limpa. Esse estudo e gerenciamento do projeto em andamento é realizado pelo Dr. Daniel Sindicic, pioneiro na nacionalização das tecnologias necessárias para o processo. “Essa nacionalização da tecnologia viabiliza a instalação dos equipamentos e a construção de uma unidade de recuperação de energia (URE) dentro dos padrões Europeus” afirma o Dr. Sindicic.


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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O pré-sal e o desenvolvimento sustentável

por Luís Fernando Guedes Pinto

É inegável a importância da descoberta de novas reservas de petróleo para o nosso País. Significa a conquista de um relevante estoque de energia, geração de riqueza, aumento da soberania e independência nacional, entre outros benefícios. Também é muito relevante reconhecer a importância e o avanço científico e tecnológico pelo fato de sermos capazes de explorar o petróleo nas situações extremas do pré-sal. Sem dúvida, este salto deve se desdobrar em diversas outras áreas do conhecimento.

Todavia, a celebração e a apresentação da descoberta e exploração do pré-sal como um marco na nossa história e o início de um novo País revela a miopia ou mesmo a ignorância de nossos líderes a respeito do desenvolvimento sustentável e onde podemos chegar. Destoa a comemoração pela descoberta de um recurso não renovável, de cadeia de produção poluente e um dos grandes responsáveis pelo aquecimento global e sua conseqüente ameaça para a humanidade. Tudo isto no século que desponta para a economia verde, a energia renovável, a biotecnologia, a reciclagem, os serviços ambientais, a logística reversa e tudo o mais que busca gerar riqueza e bem estar com minimização de impactos ambientais, conservação de recursos naturais, proporcionando condições para a permanência da humanidade na Terra no longo prazo.

O petróleo e o carvão mineral ainda são fundamentais para a nossa existência, devemos ser gratos a eles, mas deveriam ser tratados como símbolos do passado. O futuro está no sol, nos ventos, no solo, nas águas, na vida das plantas, animais e microrganismos e na inteligência e criatividade humana. Desconhecemos em grande parte o potencial natural para nos proporcionar alimentos, fibras, energia, fármacos e outras matérias-primas e produtos.

A solução de muitos dos nossos problemas pode estar em genes que não conhecemos. Nesse campo, não é possível pensar num limite. O limite do petróleo é queimar, produzir energia, virar fumaça, acabar e aquecer o planeta. Ao mesmo tempo, a alimentação de nossa espécie ainda depende majoritariamente de uma dezena de culturas agrícolas, usamos um número muito limitado de espécies nativas, seja de madeira ou de produtos não madeireiros. Enfim, desperdiçamos enormemente o potencial a nosso dispor, enquanto esgotamos os recursos não renováveis e poluímos e ameaçamos os não renováveis.

Se podemos nos orgulhar de ter o petróleo do pré-sal, que tal lembrarmos que somos um dos países que mais recebe energia solar, que possui grande reserva de água doce, um dos mais extensos litorais, a maior floresta tropical do mundo, um dos maiores reservatórios de biodiversidade, paisagens deslumbrantes, uma grande diversidade cultural e uma população capacitada e das mais criativas do planeta. Ainda vale destacar que estamos livres de terremotos, vulcões, furacões e tsunamis. Para alguns, a abundância de recursos e o desconhecimento da noção de escassez, seriam os responsáveis pela nossa miopia. Para outros, a ganância imediatista da nossa elite é o grande vilão pelo nosso tímido desenvolvimento e pujante degradação. É como se a Rio-92 não tivesse ocorrido, muito menos num país chamado Brasil. Lula esteve lá?

Portanto, as oportunidades de uma mudança de paradigma de desenvolvimento e uma revolução tecnológica nos poderia proporcionar uma riqueza de dimensão desconhecida, posicionar o Brasil de fato como um líder mundial, propondo e implementando uma nova referência para a humanidade. Será que a energia e as riquezas do pré-sal vão nos proporcionar as condições para esta transição, ou, ao seu final, faremos furos ainda mais profundos nos nossos próprios pés?

/*Luís Fernando Guedes Pinto*, engenheiro agrônomo e doutor em Agronomia pela Esalq-USP, com diversos trabalhos publicados sobre certificação e sistemas de produção agrícola, é secretário-executivo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora)./

Publicado no Portal Terra, Opiniões, Opinião Quarta, 9 de setembro de 2009, 16h45

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Em tempos dos créditos de carbono, onde fica a logística reversa de produtos poluentes?

Hoje está sendo muito discutido entre reuinões do G20, na rodada DOHA, nos blocos econômicos e entre empresas, as metas de redução da emissão de carbono na atmosfera que agravam e aceleram o efeito estufa.

O assunto tem progredido de tal forma que as reduções empresarias já são tratadas como valores mobiliários negociados em bolsas de valores e em balcão, onde os clientes compram os créditos de carbono para dessa forma atingirem as metas de redução estipuladas.

Contudo, a preocupação com a poluição da atmosfera é tão importante quanto a poluição do solo, dos mananciais, dos lençóis freáticos e do desmatamento das florestas, principalmente no caso do Brasil e sua tradição em atividades em commodities agrícolas e extrativistas, com menos desenvolvimento do parque industrial de produtos manufaturados e de alta tecnologia, o que empobrece nossa infra-estrutura em processar os componentes poluentes dos produtos que consumimos como pilhas, baterias de celular, pneus etc. Até mesmo produtos básicos como óleo de cozinha, que tem alto poder de contaminção da água – pois um litro de óleo pode contaminar até 25.000 litros de água – não recebem tratamento pois a realidade brasileira de saneamento básico é precária e ainda pior é a realidade do tratamento do esgoto doméstico.

Analisemos o caso da Prefeitura da Cidade de São Paulo que através da lei 13.316/2002 regulamentou no ano passado a responsabilidade pela coleta, destinação final e reutilização de embalagens e pneumáticos por parte de fabricantes e distribuidores desses produtos em 50% no primeiro ano após a validade da lei, 75% no segundo ano e 90% no terceiro ano.

È uma legislação de primeiríssimo mundo que destoa de nossa realidade de coleta de lixo público (qué de responsabilidade do poder público!), de saneamento básico, de cultura da população e da classe empresarial quanto a coleta seletiva e reciclagem.

Abre-se, então, uma brecha para a logística reversa (ou a logística de retorno do mercado para a empresa) e a responsabilidade social das empresas em conscientizar seus consumidores e coletar seus componentes poluidores do meio-ambiente. É a aplicação de uma lei da física traduzida para o ambiente empresarial “Nada se perde. Tudo se transforma.” A iniciativa privada conscientiza seus consumidores e disponibiliza postos de coleta dentro de sua cadeia de negócios. O poder público reforça a comunicação da responsabilidade de todos em destinar corretamente esses produtos poluentes, equipa os veículos de coleta, também disponibiliza postos de coleta, e promove a coleta dos postos até os locais de reciclagem ou destinação final desses produtos.

Seguem abaixo alguns exemplos de oportunidades de negócios com reciclagem de produtos costumeiramente descartados:

óleo de cozinha = sabão em pedra, detergentes, biocombustível;

pilhas e baterias = artefatos cerâmicos e vidros;

tubo de pasta de dente = telhas e materiais diversos na indústria da construção;

pneu = combustível-alternativo, asfalto, solado para calçados, tapetes, pisos;

isopor = tijolo poroso, argamassa, cimento leve.

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Banco Mundial do Clima deve ser criado?

Os cientistas alemães começaram a difundir a idéia da criação de um “Banco Mundial do Clima”. Os principais motivos, que os pesquisadores defendem para tal ação, seriam as elevadas emissões de CO2 entre outros gases do efeito estufa, a crise financeira internacional e as dificuldades que os países em desenvolvimento tem para investir em sustentabilidade.

A ideia da criação deste banco é que ele seja capaz de permitir às nações mais industrializadas a compra do direito de emissão de CO2 daquelas nações menos desenvolvidas. Esta ideia foi proposta por climatologistas do Conselho Alemão sobre a Mudança Global (WBGU, na sigla em alemão).

Os cientistas pregam que os países mais favorecidos devem comprar os “direitos de emissão” das nações menos desenvolvidas, caso queiram continuar a emitir altos níveis de gases poluentes.

Com o estabelecimento de um banco mundial do clima, as nações mais ricas poderiam adquirir as cotas dos países que poluem menos.

Os especialistas calculam que o comércio de cotas de emissões possibilite lucros anuais de R$ 80 bilhões a 241 bilhões em âmbito global. Para os cientistas, o valor arrecadado deveria ser destinado para ajudar os países mais vulneráveis a financiarem o desenvolvimento sustentável.

Qual você acha que seria a repercurssão da criação de um banco mundial do clima? O mercado de crédito de carbono é realmente a solução para driblar as mudanças climáticas?


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O cérebro com transtorno de déficit de atenção recebe menos recompensas pelo seu trabalho, diz estudo.


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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que acomete 3-5% das crianças e que frequentemente persiste até a idade adulta, podendo ser considerado um dos mais comuns transtornos neuropsiquiátricos. Os principais sintomas são a dificuldade em manter a atenção, o comportamento hiperativo e de impulsividade.

Já existe um bom corpo de evidências indicando que circuitos cerebrais baseados no neurotransmissor dopamina não funcionam tão bem nos indivíduos com TDAH. Um importante estudo acaba de ser publicado pelo periódico Journal of the American Medical Association revelando que quem sofre desse problema apresenta menor atividade em duas das principais regiões relacionadas ao processo de recompensa cerebral, o mesoaccumbens e mesencéfalo, regiões fortemente vinculadas ao neurotransmissor dopamina. Essa menor atividade foi demonstrada pela redução de receptores da dopamina D2 e D3 e de proteína de transporte da dopamina através de tomografia por emissão de pósitrons.

A dopamina é o principal componente do nosso sistema cerebral de recompensa, sistema ativado toda vez que fazemos algo que dá prazer e sinaliza ao cérebro que vale a pena repetir a experiência, já que é prazerosa. A redução dessa atividade do sistema de recompensa está associada a alguns dos comportamentos característicos do TDAH como dificuldade em postergar uma gratificação e resposta preferencial a pequenas e imediatas recompensas do que a recompensas mais robustas e que demoram mais para chegar. Além disso, esses circuitos cerebrais estão associados à motivação do aprendizado, e não é à toa que quem sofre de TDAH tem mais dificuldade em manter a atenção em atividades repetitivas e desinteressantes.

Os achados desse estudo reforçam a importância do uso de intervenções motivacionais que consigam aumentar a atratividade das tarefas da escola e do trabalho, especialmente entre os portadores de TDAH. A demonstração de redução de atividade no sistema de recompensa cerebral nesses pacientes também sugere que esse é um importante mecanismo que explica a maior vulnerabilidade ao abuso de substâncias psicoativas e abre uma nova perspectiva para o tratamento da doença.
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pesquisa revela que as doenças cardiovasculares são mais comuns em quem tem coxas finas.


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É bem reconhecido que algumas medidas do corpo humano estão associadas ao aumento de doenças cardiovasculares, como é o caso de altos índices de massa corporal, da circunferência da cintura e da relação da circunferência cintura / quadril. Mas não são só altos índices que estão associados a maiores riscos à saúde. Baixos índices de massa corporal e do nível de massa muscular livre de gordura estão associados a mortalidade mais precoce. A novidade agora é que baixos graus de circunferência das coxas também têm relação com a saúde, de acordo com pesquisa recém-publicada pelo British Medical Journal.

O estudo acompanhou cerca de três mil homens e mulheres dinamarqueses com 35 a 65 anos de idade e revelou que aqueles com circunferência das coxas menor que 60 cm tinham maior risco de morte e de doenças cardiovasculares do que aqueles com circunferências maiores que 60cm. Entretanto, circunferências maiores que 60 cm não trouxeram benefícios adicionais. Os resultados demonstraram ainda que o risco associado aos baixos níveis de circunferência das coxas foi maior que o de uma alta circunferência abdominal. A baixa circunferência da coxa é um sinal de baixo conteúdo de musculatura nessa região e também reflete baixo grau de musculatura de forma sistêmica. Estudos têm mostrado que a baixa musculatura corporal, especialmente em membros inferiores, está associada a maior risco de diabetes. Além disso, baixos teores de gordura subcutânea também têm sido vinculados a alterações no metabolismo da glicose e de gordura.

A presente pesquisa nos indica que é bem razoável o estímulo à atividade física com especial atenção à musculatura de membros inferiores. É importante frisar que 50% dos dinamarqueses estudados tinham circunferência de coxas menores que os 60 cm, sugerindo que o estímulo à atividade física é fundamental em qualquer canto do mundo. Em muitas populações do mundo o problema das coxas é falta de comida mesmo.


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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Um estilo de vida saudável é a mais forte arma para prevenir a Doença de Alzheimer


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Este mês foi marcado por muitas evidências de que um estilo de vida saudável é capaz de preservar nossas funções cerebrais à medida que envelhecemos. O periódico científico JAMA publicou uma pesquisa que evidencia que a dieta mediterrânea, assim como a prática de atividade física regular, são capazes de reduzir o risco da Doença de Alzheimer, e os resultados conseguiram demonstrar que cada um desses fatores tem seu poder independente do outro.

Nesse estudo, quase dois mil idosos de Nova Iorque foram acompanhados por uma média de 5.4 anos, período em que os pesquisadores os examinaram do ponto de vista de desempenho cerebral e aplicavam escalas para avaliação da aderência à dieta mediterrânea e à atividade física. Vale lembrar que a dieta mediterrânea é uma alimentação rica em peixes, verduras, legumes, frutas, cereais (melhor se forem integrais), azeite e outras fontes de ácidos graxos insaturados, e baixo consumo de carnes e laticínios e outras fontes de gorduras saturadas, além do uso moderado, porém regular, de álcool.

Após o período de seguimento, 15% dos idosos desenvolveram o diagnóstico da Doença de Alzheimer. O risco absoluto em desenvolver a doença foi de 21% no caso de idosos sedentários e com baixo consumo dos itens da dieta mediterrânea, comparado a um risco de 9% entre aqueles com alta aderência à dieta e atividade física intensa. Atividade física intensa nesse grupo de idosos foi assim definida: 1.3 horas semanais de atividade intensa ou 2.4 horas de atividade moderada ou 4 horas de atividade leve. A atividade física foi capaz de reduzir o risco relativo da doença em 29-41%, e quando em nível intenso o poder de redução de risco foi ainda maior: 37-50%. Quanto à aderência à dieta mediterrânea, a terça parte dos idosos com maior aderência à dieta apresentou um risco relativo 32-40% menor de desenvolver a doença. Quando se analisou a terça parte dos idosos com os maiores níveis tanto de atividade física como de aderência à dieta mediterrânea, o risco da doença foi 61-67% menor.

Um segundo estudo publicado nessa mesma edição do JAMA confirma o poder protetor da dieta mediterrânea sobre o cérebro, dessa vez entre moradores da cidade de Bordeaux na França. Cerca de 1500 idosos foram acompanhados por uma média de 5 anos e aqueles com maior aderência à dieta mediterrânea foram os que menos tiveram declínio das funções cerebrais. Porém, os resultados não conseguiram demonstrar uma redução no risco da Doença de Alzheimer no período estudado, pois a metodologia do estudo não tinha poder para demonstrar esse tipo de efeito.

E não pára por aí. Neste mesmo mês, o American Journal of Epidemiology publicou um grande estudo realizado na Inglaterra em que os hábitos de vida de mais de cinco mil pessoas foram acompanhados por uma média de 17 anos em diferentes períodos entre a meia-idade e a velhice. Uma escala foi utilizada para definir o grau de comportamento deletério à saúde e incluía a pesquisa dos seguintes hábitos: tabagismo, abstinência de álcool, baixo nível de atividade física e baixo consumo de frutas e vegetais. Aqueles que concentravam mais hábitos deletérios apresentaram mais perdas das funções cerebrais ao envelhecerem, especialmente a memória e capacidade de alcançar objetivos, também conhecida como funções executivas. E um dos dados mais importantes desse estudo foi que os hábitos deletérios já na meia idade foram capazes de influenciar o desempenho cognitivo na velhice.

O efeito negativo sobre as funções cognitivas de cada um desses fatores estudados já havia sido anteriormente demonstrado, mas essa é foi a primeira vez que esses efeitos foram demonstrados em conjunto. Isso é importante, pois é bem reconhecido que hábitos de vida costumam andar em grupo: um hábito saudável atrai outros hábitos saudáveis assim como hábitos deletérios também atraem outros. E por falar em grupos, outra coisa que a ciência tem nos demonstrado é que andar ao lado de pessoas com estilo de vida saudável aumenta nossa chance de adotar hábitos saudáveis também.

Pílulas anticoncepcionais e risco de trombose: as mulheres precisam entender mais sobre esse assunto


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Calcula-se que mais de 100 milhões de mulheres no mundo façam uso de pílulas anticoncepcionais. Podemos encontrar no mercado dezenas de tipos de pílulas com as mais diferentes concentrações dos hormônios estrogênio e progesterona e a escolha depende muito mais do perfil de efeitos colaterais de cada tipo de pílula, já que do ponto de vista de eficácia elas são muito parecidas.

A trombose das veias das pernas é um desses efeitos adversos, e reconhece-se que ela é cinco vezes mais freqüente entre mulheres que usam pílula. Apesar de não ser um efeito adverso muito comum, esse tipo de trombose é uma condição clínica grave, pois pode levar à trombose das veias pulmonares e que por sua vez pode até levar à morte.

Duas grandes pesquisas acabam de ser publicadas na última edição do British Medical Journal e nos ajudam a entender melhor a relação entre o uso de pílulas e trombose. Um dos resultados mais relevantes dessas pesquisas foi que o tipo de pílula combinada (estrogênio + progesterona) fez toda a diferença: as com baixas doses de estrogênio estão associadas a um menor risco de trombose assim como aquelas com tipos de progesterona chamados de levonorgestrel ou norestisterona. Já as pílulas sem estrogênio e os dispositivos anticoncepcionais intra-uterinos não se mostraram associados ao aumento de risco de trombose. Foi demonstrado ainda que apesar de existir uma relação entre maior tempo de uso da pílula e maior risco de trombose, a época de maior risco foram os primeiros três meses de uso.

Essas recomendações devem ser feitas de forma ainda mais rigorosa a mulheres com história pessoal ou familiar de trombose, já que essas não devem usar pílulas que contenham estrogênio. O mesmo deve ser recomendado a mulheres com história de enxaqueca com aura, que são dores de cabeça associadas a alguns sintomas tais como visão de pontos luminosos e sensação de formigamento de um lado do corpo. No caso daquelas que usam pílulas para o tratamento de espinhas, há estudos bem robustos mostrando que as que contêm levonorgestrel são tão eficazes como as outras com maior risco de trombose, e também não diferem entre si quanto ao risco de ganho de peso.


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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Flatshare Fridges – A geladeira econômica

O segredo está em seus em compartimentos isolados e independentes, que permitem que o usuário escolha o que guardar em cada um deles e abra somente o que precisar. Desta forma, evita-se que o ar gelado escape de toda a geladeira, o que faz com que a máquina tenha que trabalhar mais para compensar o ar perdido, gastando mais energia.

Batizada de Flatshare Fridges, a geladeira foi desenvolvida pelo estudante de Artes Aplicadas da Universidade de Viena, Stefan Buchberger. Além disso, cada bloco pode ser regulado em uma temperatura diferente, de acordo com os tipos de alimento, assim pode-se evitar o consumo desnecessário.

A geladeira tem uma base onde se pode encaixar até quatro blocos. Cada um pode ser customizado de forma independente, com compartimentos e regulagens de temperatura individuais. Ideal também, para quem divide apartamento e acaba tendo que dividir a geladeira.

A Flatshare Fridges é apenas um conceito até agora, e não está sendo fabricada, mas nada impede que em pouco tempo essa ótima idéia se torne realidade.

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Terra pode esquentar mais do que o previsto nos próximos anos

O que eventualmente os “céticos das mudanças climáticas” costumam argumentar para defender suas posições é que desde 1998, o ano mais quente registrado, as temperaturas globais se estabilizaram ou até diminuíram um pouco, provando que o aquecimento global é uma coisa sem sentido. Porém, uma nova pesquisa publicada na revista Geophysical Research Letters mostra que esses argumentos já não servirão mais.

Judith Lean, do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA e David Rind, do Instituo de Estudos Espaciais Goddard, da NASA, observaram os impactos combinados na temperatura global ocasionado pelas emissões humanas, aquecimento pelo sol, atividades vulcânicas e El Niño. Para a surpresa de muitos, esta é a primeira vez que todos esses fatores são estudados simultaneamente.

Os dois cientistas descobriram que a estabilidade das temperaturas globais nos últimos anos se deve ao decréscimo da entrada de raios solares. O resultado da fase anterior do ciclo solar de 11 anos, combinou com a não ocorrência de eventos fortes de El Niño. Isso mascarou o aquecimento causado pelas altas concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

Lean e Rind afirmaram que as temperaturas devem aumentar 150% mais rápido do que o previsto pelo boletim do IPCC. Além disso, como o mundo está entrando em um novo período de aquecimento pelo El Niño, o aumento da temperatura pode ser ainda mais notável.

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Medicações para reduzir o colesterol são preciosas mesmo para quem tem colesterol normal.


STATIN

Há um tempo atrás, a prevenção das doenças cardiovasculares era feita mais ou menos assim: se a pessoa tivesse pressão alta tomava remédio para pressão; se tivesse diabetes tomava remédio para diabetes; se tivesse colesterol alto, tomava remédio para colesterol. E é claro, dieta saudável, atividade física regular e cigarro nem no pensamento. Entretanto, de um tempo para cá, essa lógica tem mudado, pois tem sido demonstrado que muitas dessas medicações são mais polivalentes do que se imaginava inicialmente. As medicações que melhor exemplificam esse fenômeno são as estatinas, desenvolvidas pra redução dos níveis de colesterol.

Já é bem reconhecido que as estatinas reduzem o risco de eventos vasculares como o derrame cerebral e o infarto do coração não só em pacientes com altos índices de colesterol, mas também em portadores de diabetes e em quem já teve um desses eventos vasculares (prevenção secundária). Além disso, recentemente, um importante estudo demonstrou que essa classe de medicação pode reduzir o risco de eventos vasculares mesmo em pacientes sem diabetes ou colesterol alto, mas que apresentam níveis elevados de Proteína C-Reativa de alta sensibilidade no sangue. Já era sabido que índices altos desse marcador estão associados a um maior nível de aterosclerose, maior risco de infarto no coração e derrame cerebral.

Um estudo recém-publicado pelo British Medical Journal reuniu as principais pesquisas realizadas até então sobre o assunto e concluiu que as estatinas são medicações que realmente são capazes de reduzir o risco de um primeiro evento vascular em indivíduos com fatores de risco (ex: hipertensão arterial, diabetes), o que é chamado de prevenção primária. A análise envolveu dez estudos e mais de 70 mil indivíduos e demonstrou que o uso de estatina foi capaz de reduzir o risco de infarto do coração em 30%, o risco de derrame cerebral em 19%, e redução da mortalidade em 12%. Além disso, o estudo demonstrou que o uso da medicação a longo prazo não está associado ao aumento do risco de câncer.

O atual corpo de evidências aponta que indivíduos que apresentam fatores de risco vascular como o diabetes e a hipertensão arterial podem se beneficiar do uso das estatinas, especialmente aqueles com mais de 65 anos de idade. E esse benefício existe mesmo que o indivíduo não tenha problemas com seus níveis de colesterol.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Greenpeace lança seu ranking anual de eletrônicos verdes

O Greenpeace Internacional divulgou o seu Guia Verde de Eletrônicos, o qual publica todos os anos. Neste documento as companhias são listadas em um ranking de acordo com suas políticas a respeito de químicos tóxicos, reciclagem e mudanças climáticas. Este ano, fabricantes de computadores ficaram no fim da lista, a Apple em algum lugar no meio e as companhias de celulares atingiram os primeiros lugares do ranking. Abaixo segue a lista com a nota de cada companhia, que varia de 1 a 10, sendo 10 a melhor nota, com uma breve explicação feita pelo próprio Greenpeace.

7,45 Nokia – A maior nota atingida pois levou os competidores a eliminarem os tóxicos perigosos.
7,1 Samsung – Segundo lugar pelo seu compromisso em reduzir suas emissões absolutas.
6,5 Sony Ericsson – Subiu duas posições no ranking por seus produtos com melhor eficiência energética.
5,7 LG – Subiu duas posições no ranking, mas precisa eliminar químicos perigosos de todos os seus produtos.
5,5 Toshiba – Subiu duas posições no ranking com um ponto extra porque prometeu cortar os gases de efeito estufa.
5,5 Motorola – Subiu duas posições no ranking pelo uso de energia renovável.
5,3 Philips – Caiu da 4ª para a 7ª posição e precisa colocar em prática a sua prometida política de reciclagem responsável.
5,3 Sharp – Subiu da 9ª para a 7ª posição com seus produtos eficientes em energia.
4,9 Acer – Lançou 16 novos modelos de monitor que são quase livres de químicos perigosos e subiu da 11ª para a 9ª posição, mas ainda precisa trabalhar em seus cabos.
4,9 Panasonic- Subiu da 12ª para a 10ª posição pelos seus produtos eficientes em energia e livres de PVC, porém ainda continua com nota baixa na produção de resíduos eletrônicos.
4,7 Apple- Caiu uma posição sem mudança na pontuação, mas ganhou créditos pelo seu novo notebook “verde”.
4,5 Sony – Pulou do 5º lugar para o 12º por comprometer-se inadequadamente a eliminar químicos perigosos, cortar gases do efeito estufa e sua política de lixo eletrônico.
3,9 Dell- Permanece em 13º lugar pois não cumpriu o compromisso de eliminar os tóxicos perigosos.
3,5 HP – Não tem produtos disponíveis no mercado livres de substâncias tóxicas.
2,5 Microsoft – Perde um ponto pela política de reciclagem fraca, porém permanece em 15º lugar.
2,5 Lenovo- Desce dois lugares no ranking por não estabelecer um prazo para eliminar substâncias tóxicas de seus produtos.
2,4 Fujitsu- Penúltima posição por não ter produtos livres de químicos perigosos.
1 Nintendo- Última posição com uma pequena esperança de que fará consoles parcialmente livres de PVC.

Os fabricantes de computadores foram fortemente criticados neste ano por não cumprirem seus comprometimentos de remover químicos perigosos de seus produtos ou não criarem alguma política sequer a respeito disso.

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Brecha em lei pode beneficiar superposseiros na Amazônia

Convencido de que a floresta existe para “servir ao homem”, o paulista Roger Bressani* ocupa 190 quilômetros quadrados de terras da União na Amazônia –7,6 vezes o limite máximo de venda de terras públicas permitido pela Constituição. Roger cria gado, como a maioria dos candidatos ao programa de regularização fundiária do governo na região de Marabá, com altos índices de desmatamento e recordista em conflitos fundiários no país.

O programa Terra Legal pretende dar ou vender –grande parte a preço simbólico e sem licitação– 674 mil quilômetros quadrados de terras da União nos próximos três anos e não exclui as chances de Roger se tornar proprietário das terras. É o tipo de situação temida por alguns ambientalistas.

Embora o governo dê destaque para o grande número de pequenos posseiros a serem beneficiados, um número reduzido de posses (6,6%) reúne quase 73% das terras da região. Elas também poderão ser regularizadas mediante a divisão dos imóveis entre familiares, por exemplo.

Diferentemente dos grileiros, que ocupam terras públicas por meio de documentos forjados, os superposseiros como Roger não escondem que se apossaram de bem público. “Terra da União, na verdade, é do povo. Nunca pensei que fossem me tomar. Para dar para quem? Quem é melhor do que eu?”, diz Otávio Moura*, presidente da associação local de pecuaristas, também posseiro, junto com os filhos, de uma área de 30 quilômetros quadrados, que também deverá ser dividida e regularizada, sem licitação. “Aqui, ninguém tem título”, resume.

Tanto Roger quanto Otávio podem vir a se beneficiar de uma brecha no programa, o fracionamento dos imóveis entre membros da família, para obter os títulos de propriedade. O governo não se opõe a essa possibilidade, desde que as terras não sejam tituladas em nomes de laranjas.

Outra brecha no programa é o prazo de ocupação. A lei, sancionada por Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira, fixa 1º de dezembro de 2004 como data limite da ocupação. Desde a versão original da medida provisória editada pelo governo, no entanto, o texto prevê que a ocupação se dê por meio de “antecessores”. Na prática, o governo vai admitir transferência da posse em período posterior, desde que a terra tenha sido desmatada até 2004, conforme imagens dos satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A situação dele será analisada pelo programa, assim como os imóveis com área superior ao limite da lei e que vierem a ser fracionados. Provavelmente, haverá vistorias nas áreas. “Se criarmos muitas restrições, não conseguimos trazer [os ocupantes de terras públicas] para a legalidade”, avalia o coordenador do programa Terra Legal, Carlos Guedes.

Na primeira semana de cadastramento, limitado a poucas cidades ainda, 600 candidatos já se inscreveram.

As filas do cadastramento do Terra Legal são um retrato da ocupação da Amazônia. Em geral, ocupantes de terras públicas têm uma visão peculiar da floresta, que conheceram, nos anos 70 e 80, bem diferente da paisagem atual, na qual pastos predominam. “O homem da Amazônia não é um monstro. Todos queremos preservar, mas não à custa da nossa vida. Entre a mata e eu, vai morrer a mata. Os atores ganham a vida beijando na televisão, nós não”, alega Luiz Antônio*, numa referência aos atores que levaram abaixo-assinado a Lula em defesa da Amazônia.

Cecílio Ribeiro*, garimpeiro de Serra Pelada, não pagou nada pelos cerca de 29 quilômetros quadrados da União que ocupou em 86, no rastro da extração de mogno. Ele espera regularizar as terras, localizadas no município vizinho a Marabá, no limite do território dos índios Xicrim. “Não tivemos condições de abrir a mata, a despesa era muito grande”, disse, na expectativa de ser remunerado pelo governo para manter a floresta em pé.

Com a família na fila do cadastramento, o agricultor Ricardo Borba* chegou há sete anos na região, pagou pouco mais de R$ 100 por hectare da terra da União que ocupa. Pelo tamanho, Borba deve receber o título de graça. Cria 30 cabeças de gado, quase nada perto das 18 mil cabeças do superposseiro Bressani.

*Os nomes utilizados no texto são fictícios.

Qual a sua opinião? Como essa situação deve ser contornada?


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terça-feira, 30 de junho de 2009

Confira 10 passos para ter uma carreira sustentável

A sustentabilidade se transformou em uma meta para milhares de empresas. Afinal, unir em um sistema aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais com o intuito de garantir melhores condições no futuro é um objetivo a ser alcançado. Mas pensando na vida profissional, será que esse conceito também pode ser aplicado? E o que seria ter uma carreira sustentável?

Na opinião do diretor executivo do Grupo Soma, Arlindo Felipe Jr, o profissional que tem uma carreira sustentável é aquele realizado, ou seja, que atua naquilo que gosta.

Já para o presidente da Gutemberg Consultores, Gutemberg B. de Macedo, um profissional sustentável é aquele cuja carreira desperta interesse do mercado, que está sempre à frente.

O consultor sênior de Capital Humano da Mercer, Willian Bull, destaca ainda que, além dessas características, ter uma carreira sustentável é apresentar o resultado esperado para a sua posição de forma ética.

Como ter uma carreira sustentável?

Para alcançar uma carreira sustentável os três consultores indicaram 10 passos. Confira!
  1. Mapeamento das suas competências e vocação - "O profissional precisa planejar a sua carreira, destacando pontos em que ele pode melhorar e em que ele precisa potencializar", diz Felipe Jr. Por exemplo: se a pessoa quer se transformar em um chefe, de quais passos ela precisa? Quais serão as competências técnicas e comportamentais necessárias? "Além disso, uma vez por ano, o profissional precisa avaliar como está o seu desenvolvimento nesse planejamento de carreira estabelecido", completa;
  2. Buscar conhecimento - outro ponto fundamental para trilhar uma carreira sustentável, segundo Felipe Jr, é a busca por aprimoramento profissional. "A pessoa deve procurar ter conhecimentos técnicos e comportamentais, como aprender a trabalhar em equipe, desenvolver a liderança etc.";
  3. Potencial para crescer posições - "Ter capacidade para alcançar ou assumir novas responsabilidades, desafios", afirma Macedo;
  4. Habilidade política - "O profissional deve trabalhar a forma que ele irá tratar as pessoas que pensam diferente dele, de que maneira ele irá se relacionar com elas", ressalta Macedo;
  5. Alianças Estratégicas - Macedo destaca também que é importante o profissional construir uma rede de relacionamento sem interesse;
  6. Planos estratégicos compatíveis - o consultor alerta ainda que é fundamental que o plano estratégico de carreira do profissional seja compatível com o plano estratégico da organização na qual ele atua;
  7. Visão Oceânica - "O profissional precisa ter uma visão ampla do mercado de trabalho, da empresa na qual ele atua, das oportunidades que podem surgir para ele e das possíveis ameaças", lembra Macedo;
  8. Resultado - "A pessoa precisa avaliar qual é a sua capacidade de entregar o resultado esperado de acordo com a posição que ela ocupa na organização", acrescenta Bull;
  9. Compartilhar os sonhos de carreiras "Para se chegar mais rápido a um sonho, o profissional precisa de ajuda. Logo, contar para o líder seus projetos, pode ser uma boa saída", aconselha Bull;
  10. Feedbacks - "O profissional deve prestar atenção em todos os feedbacks que ele tiver para corrigir atitudes ruins ou negativas no seu comportamento, como a arrogância", conclui Bull.
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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pesquisa mostra que o álcool é responsável por uma em cada 25 mortes no mundo.


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O periódico britânico The Lancet acaba de publicar uma série de pesquisas que demonstra que o consumo de álcool é responsável por 4% das mortes ao redor do mundo, apesar de mais da metade da população ser abstêmia (45% dos homens e 66% das mulheres). Um dos estudos foi conduzido na Rússia e demonstra que, nesse país, o álcool é responsável por uma em cada duas mortes prematuras em adultos.

Dentre as mais de 200 doenças associadas ao álcool, as pesquisas demonstram que os acidentes, o câncer, as doenças cardiovasculares e a cirrose hepática são as que mais matam. Há alguns anos a ciência têm-nos mostrado alguns efeitos protetores do álcool em doses moderadas, especialmente no risco de doenças cardiovasculares e Doença de Alzheimer. Entretanto, atualmente reconhece-se que não existe dose livre de risco, e isso foi demonstrado em recente estudo envolvendo um milhão de mulheres: até mesmo uma dose diária de álcool aumenta o risco de alguns tipos de câncer.

A previsão é que o “problema álcool” venha a se agravar ao longo dos próximos anos, e o poder da indústria do álcool e suas ações de marketing agressivas têm uma significativa parcela de responsabilidade nesse cenário. Várias ações já foram comprovadas eficazes para redução do impacto do álcool sobre a saúde em países desenvolvidos: aumento do preço das bebidas alcoólicas, rigidez na penalidade para quem dirigir e beber, e limitação da publicidade e do número de locais de comercialização de bebidas. No Brasil, essas ações para a redução do consumo de álcool não são implantadas com facilidade pelo poder público, e um dos gargalos é o frequente financiamento de campanhas eleitorais de políticos brasileiros pela indústria de bebidas alcoólicas.

As evidências de que cigarro causa câncer já existiam desde a década de 1950, mas a indústria do tabaco conseguiu manter a publicidade do cigarro por muitas décadas a “plenos pulmões”. Também não faz muito tempo que o cigarro ainda era permitido nos ambientes de trabalho. Agora é a vez de lutar pela regulação do consumo de álcool em nosso meio, pois os números do custo do álcool à sociedade não são muito diferentes dos do cigarro. Vale conscientizar a população que o álcool não é problema só de quem bebe. Seu custo social é tão grande que nem se consegue medi-lo direito

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Primeiro ônibus brasileiro movido a hidrogênio

Olhando para a imagem do post, qualquer um diria que esse é um ônibus normal, não? Mas a verdade é que o veículo acima é uma das maiores promessas do país no setor de ecoeficiência. Se trata do primeiro protótipo brasileiro de ônibus movido a hidrogênio, idealizado pelo MME – Ministério das Minas e Energia.

Ao invés de barulho e poluição, o novo transporte público da cidade será silencioso e emitirá, apenas, vapor de água. Por enquanto, o único modelo existente no país passará por uma fase de teste, em julho, no corredor de ônibus paulista que vai de São Mateus, na Zona Leste, até o Jabaquara, na Zona Sul.

Se correr tudo bem durante o período de testes, a ideia é produzir mais cinco ônibus como esse na cidade de São Paulo – uma das mais poluídas do mundo – e, depois, expandir a novidade para o resto do Brasil e, também, para outros países.

A meta não é absurda: hoje, existem apenas quatro empresas no mundo inteiro capazes de produzir um ônibus com a tecnologia do hidrogênio e, dessas, o Brasil é o que tem o custo de produção mais barato.

A novidade é muito boa para o país, mas, como sempre, não dá para saber se tudo correrá conforme prometido pelos órgãos públicos. Uma coisa é fato: a iniciativa já começou na base da "enrolação". A inauguração do ônibus estava prevista para abril e, depois de vários adiamentos, foi marcada para julho.

E aí, você acredita na expansão do projeto?


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Joinville mostra ao mundo que tem indicadores de saúde comparáveis aos de países ricos.


joinvill

Pesquisadores de Joinville acabam de ter dois de seus estudos publicados no prestigiado periódico britânico Journal of Neurology Neurosurgery and Psychiatry mostrando que, num intervalo de dez anos, houve uma redução relativa de um terço na incidência e mortalidade por derrame cerebral e na sua taxa de fatalidade na cidade de Joinville-SC.

Os estudos liderados pelo professor Norberto Cabral receberam um editorial especial do periódico que literalmente aplaudiu os resultados e a metodologia empregada. O primeiro aplauso é por conta de terem demonstrado que intervenções para redução do “problema derrame cerebral” em países em desenvolvimento podem alcançar sucesso num período de tempo relativamente curto. Os estudos ganham ainda mais relevância pelo fato do derrame cerebral ser a principal causa de morte em nosso país e por serem raríssimos os estudos que tenham analisado a epidemiologia da doença em países em desenvolvimento.

Um segundo aplauso vai para o sistema de saúde de Joinville. A redução da incidência de derrame cerebral sugere que a população recebeu mais assistência primária e melhores ações preventivas: controle de pressão alta, diabetes colesterol, redução do tabagismo, etc. A redução da incidência na mortalidade reflete, em parte, um melhor atendimento em nível hospitalar. E nesse quesito, o sistema de saúde de Joinville é uma das referências nacionais no tratamento do derrame cerebral.

Os indicadores demonstrados por Joinville, cidade que detém o 13º maior índice de desenvolvimento humano do Brasil, são comparáveis aos de países de primeiro mundo. Que Joinville sirva de inspiração para tantos municípios brasileiros que poderiam estar fazendo muito mais pela saúde da população.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Impacto da mudança climática já é irreversível, admitem EUA

Após muito tempo sem postar aqui no blog, consegui um tempinho para postar essa matéria muito interessante que li no Folha Online, que mostra um belo avanço no pensamento da nova presidência dos EUA, que na gestão anterior contestavam o fato das alterações climáticas e se recusavam em ratificar o Protocolo de Kyoto.

Afinal já passou da hora do líder disparado em consumo tomar consciência, agora só falta agir, rsrs.

A Matéria:

da France Presse, em Washington

Os efeitos da mudança climática já estão sendo sentidos nos Estados Unidos e este fenômeno pode ser irreversível, advertiu nesta terça-feira o governo do presidente Barack Obama, ao divulgar um relatório sobre o tema.

O aquecimento climático se traduz por uma elevação das temperaturas e do nível dos oceanos e pelo derretimento de geleiras e neves hibernais, destaca o documento elaborado pelo Programa de Pesquisa americano sobre o Aquecimento Climático, redigido por várias secretarias e a Casa Branca.

Se não houver modificação no consumo de energia, o aumento das temperaturas vai provocar ondas de calor mais frequentes, advertem os autores do estudo.

Os furacões, que se abatem regularmente sobre o sudeste, vão se tornar ainda mais devastadores na medida em que se reforçam, ao passar por oceanos com águas mais quentes.

As regiões que já constataram um aumento das precipitações vão, provavelmente, sofrer com mais chuva e neve no futuro, enquanto que as mais áridas, como as do sudoeste, deverão conhecer períodos de seca com mais frequência.

O aquecimento terá um impacto sobre a agricultura no Meio Oeste americano, considerado o "celeiro" do país. Vai também fazer aumentar a demanda por energia, através da utilização mais frequente dos sistemas de climatização, segundo o relatório.

"A mudança climática já está presente em seu quintal", resumiu Jerry Melillo, um dos autores do relatório, intitulado "Global Climate Change Impacts in the United States" ("Impactos da Mudança Climática Global nos EUA", em inglês).

Mesmo se forem tomadas rapidamente medidas de redução das emissões dos gases de efeito estufa, os estudiosos do aquecimento climático dizem que seu impacto já é irreversível. "Se diminuirmos as emissões, a mudança climática e suas consequências continuarão em parte a se fazer sentir, uma vez que esses gases já estão presentes na atmosfera", aponta o estudo.

Desde sua chegada à Casa Branca no dia 20 de Janeiro, Barack Obama reorientou totalmente a política dos Estados Unidos em relação à mudança climática. O antecessor George W. Bush, que contestava a própria existência do fenômeno, havia se recusado a ratificar o protocolo de Kyoto sobre a redução de emissões poluentes.

Um projeto sobre o assunto está em tramitação no Congresso americano, após ser aprovado por uma comissão, em 22 de maio. Deverá ainda ir à votação em plenário; volta-se para reduzir as emissões até 2020 num percentual de 17% em relação ao nível de 2005.

O governo americano deseja a aprovação deste projeto de lei antes do final de Julho, alguns meses antes da conferência internacional de Copenhague, em Dezembro, na qual deverá ser estabelecido um novo acordo que substituirá o de Kyoto.

Mas o setor de petróleo americano não se desarma: o presidente do grupo ConocoPhillips advertiu nesta terça-feira que os esforços do governo americano para lutar contra o aquecimento climático poderiam dar lugar a uma crise no setor ainda mais grave que a do passado.

(título desconhecido)

O ranking dos maiores prédios do mundo
As duas torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, ocupavam o oitavo e o nono lugares no ranking dos maiores prédios do mundo. O WTC 1 media 417 metros e tinha 110 andares. O WTC 2 também tinha 110 andares mas era um pouquinho mais baixo: 415 metros. Ambas foram alvo de um ataque terrorista em 11 de setembro de 2001. Clique aqui e saiba mais.

Edifício Taipé 101
Localizado na capital de Taiwan, o prédio tem 508 metros de altura.

Petronas
As duas torres gêmeas medem 452 metros de altura e ficam em Kuala Lumpur, na Malásia.

Torre Sears
O prédio fica em Chicago, nos Estados Unidos. Mede 442 metros de altura e tem 88 andares.

Torre Jin Mao
Com 421 metros de altura e 88 andares, o edifício fica em Xangai, na China.

Two International Finance Cetre
O prédio fica em Hong Kong, na China, e tem 415 metros de altura e 88 andares.

Citic Plaza
Os seus 391 metros de altura comportam 80 andares. A torre fica em Guangzhou, na China.

Shun Hing Square
Está em Shenzhen, na China. Possui 384 metros, nos quais estão distribuídos 69 andares.

Empire State Building
O edifício está em Nova York, nos Estados Unidos. Mede 381 metros de altura e tem 103 andares.

Central Plaza
Localizado em Hong Kong, na China, o prédio mede 374 metros de altura e tem 78 andares.

Banco da China
Construído em Hong Kong, o edifício tem 369 metros de altura e 70 andares

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ensino Superior

A Marca do Ensino Superior (Especial Educação e Especial Consumo)
do administracao-de-empresas « WordPress.com Tag Feed de debatepronto

Não sei o que vale mais a pena comentar. Por um lado, um fantástico caso de marketing. Por outro, o exemplo do comércio que virou o ensino superior.

Faça a sua escolha e boa leitura!

Daniel Pinheiro

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A marca que nasceu de uma estrada

Como o grupo educacional Anhanguera conseguiu criar uma das 40 marcas mais valiosas do Brasil a partir de uma pequena rede de faculdades no interior de São Paulo

Por Mariana Barboza

Revista EXAME

Há apenas seis anos, os professores universitários Antonio Carbonari Netto, Maria Elisa Carbonari e José Luis Poli eram os desconhecidos donos de uma desconhecida rede de faculdades espalhadas pelo interior de São Paulo. Sob o comando do trio estavam 8 000 alunos, dispersos por uma região que ia de Jundiaí a Pirassununga. Conforme novos alunos chegavam aos milhares, vindos principalmente da emergente classe C, ficou claro para Carbonari Netto e seus sócios que aquele poderia ser um negócio maior. E que, para crescer, ele precisaria de uma identidade única – uma marca. A escolha do nome que, mais tarde, batizaria a maior rede de universidades privadas do país não seguiu nenhum manual. A marca Anhanguera – uma palavra tupi-guarani, comprida, impronunciável fora do Brasil e sem nenhum vínculo com o conceito de educação – foi adotada porque a maior parte das faculdades do grupo estava localizada próxima à rodovia que corta o interior paulista.

Um fracasso do ponto de vista dos manuais de marketing. Um sucesso na vida real. Nesse curto período de seis anos, a Anhanguera tornou-se a 37a marca mais valiosa do país, segundo um levantamento da consultoria Brand Analytics. Seu valor estimado é 193 milhões de reais. “Os executivos da Anhanguera conseguiram construir uma boa imagem a partir de um modelo de negócios rigorosamente focado na formação profissional de jovens das classes C e D”, diz Eduardo Tomiya, sócio da Brand Analytics e responsável pela avaliação da marca. “É um caso raro no setor de educação no Brasil.”

Há uma boa explicação para a inexistência de muitas marcas fortes na educação superior privada: esse é um setor que, por décadas, ficou praticamente adormecido do ponto de vista dos negócios. A formação de grandes redes profissionalizadas – algumas com ações negociadas em bolsa – é um fenômeno dos últimos anos e está diretamente ligada ao surgimento de uma nova classe média e ao interesse de investidores no setor de educação. Antes de ser uma marca de prestígio, a Anhanguera se transformou num grande negócio. Hoje, a rede tem 250000 alunos de formação superior, distribuídos por 53 campi e 38 cidades de oito estados. (A segunda maior rede do país é a Estácio, no Rio de Janeiro, com 211000 alunos, que agora começa a executar uma estratégia de fortalecimento de sua marca.) Em 2003, recebeu seu primeiro aporte de investidores, entre eles o Pátria, um dos maiores gestores de recursos do país. Quatro anos depois, tornou-se o primeiro grupo educacional a abrir o capital em meio à onda de IPOs que agitaram o ambiente de negócios brasileiro. Na operação, a Anhanguera levantou 360 milhões de reais. Uma segunda oferta pública, em abril do ano passado, levantou mais 500 milhões de reais. Com as sucessivas injeções de recursos, a rede tem crescido de forma vertiginosa por meio de aquisições – apenas em 2008 foram 13 compras, no valor total de 299 milhões de reais. Todas as instituições compradas adotam o nome Anhanguera. O processo de troca pode levar de seis a 24 meses, dependendo da força da marca adquirida. O grupo tem ainda centenas de núcleos profissionalizantes e de ensino a distância em todos os estados brasileiros. No ano passado, seu faturamento bruto foi de 905 milhões de reais.

É improvável que um negócio com essa proporção, voltado para um novo tipo de consumidor, continuasse a ter um crescimento sustentável sem o pilar de uma marca forte. No último vestibular, 56000 novos alunos entraram na Anhanguera. Para atraí-los, ou simplesmente para que eles se lembrassem da rede na hora do vestibular, apenas no primeiro trimestre deste ano a Anhanguera Educacional investiu 16,5 milhões de reais em ações de marketing. Esse valor é quase o dobro do investimento realizado no mesmo período do ano passado. “Reputação e boa imagem são as raízes do nosso negócio”, diz Antonio Costa, diretor de operações comerciais do grupo. “Quando um estudante nos procura, ele está atrás de uma faculdade capaz de lhe oferecer um diploma com reconhecimento em qualquer lugar do país.”

A Anhanguera não nasceu e cresceu para formar ph.Ds. – embora não seja impossível que isso aconteça. Seu foco é oferecer cursos que qualifiquem jovens para disputar vagas no mercado de trabalho – não importa se eles estudam direito, administração de empresas ou psicologia. A ideia é que os alunos – a maioria já empregada em funções pouco qualificadas – usem o diploma para ascender na escala social. Cerca de 10% dos estudantes da Anhanguera se beneficiam do ProUni, programa de bolsas do governo federal para universitários. “Nossa proposta é atender esses jovens, assim como fazem as empresas de telefonia celular, de eletrodomésticos e imobiliárias”, diz Costa.

A rede apoiou sua estratégia de marketing em dois pilares. O primeiro é uma poderosa comunicação institucional, cujo objetivo é mostrar que a Anhanguera existe e criar um conceito ao redor do nome. No ano passado, o grupo contratou a apresentadora Ana Hickmann como garota-propaganda de comerciais de TV, anúncios em revista e outdoor. As campanhas são veiculadas nas cidades onde a Anhanguera mantém seus campi universitários. Recursos da internet, como Twitter e blogs, têm sido utilizados para uma aproximação com os atuais e os potenciais alunos. “Cem por cento do nosso público navega e resolve parte da vida pela internet, o que torna obrigatória nossa presença online”, diz Costa. “E não fazemos isso porque é moderno, mas sim porque é barato e eficaz.” Cada uma das unidades pode investir em ações menores, como patrocínio de eventos locais e torneios esportivos – mas, mesmo nesses casos, há um padrão mínimo a ser seguido.

Construir uma marca no setor de educação segue uma dinâmica ligeiramente diferente da utilizada para forjar a identidade de uma companhia telefônica ou de pares de tênis. Assim como a saúde, a educação não é – e talvez não possa ser – encarada como um produto como outro qualquer. E talvez exatamente por isso no Brasil as universidades privadas ganharam o estigma de qualidade inferior. “Mais importante do que esse tipo de discussão é saber qual é o objetivo da instituição e se ela é bem gerida para alcançar esse objetivo”, diz o economista Cláudio de Moura e Castro, especialista na área de educação. “Se a proposta é ter uma universidade para as classes C e D, cobrando mensalidades relativamente baixas, é óbvio que não se terá um ensino da mesma qualidade que um Ibmec ou uma FGV.” E isso não é necessariamente ruim. “O aluno quer estudar na Anhanguera porque encara o curso como uma chance de ascensão profissional”, diz o analista Daniel Gewher, especialista no mercado de educação do banco Santander. Uma pesquisa com ex-alunos realizada pela área de marketing do grupo aponta que 67% deles relatam que tiveram um aumento salarial durante ou após a conclusão do curso. No total, 79% dos jovens que cursaram a Anhanguera consideram que a formação recebida, de uma forma ou de outra, ampliou suas perspectivas profissionais. É provável que não existam argumentos mais poderosos para uma empresa que pretenda construir uma marca voltada para a nova classe média brasileira.