domingo, 27 de setembro de 2009

O seu lixo pode virar energia limpa

Tranformar o lixo das cidades em energia limpa, é a proposta do Engº Daniel Sindicic, Doutor na área de tratamento de resíduos sólidos e especialista em desenvolvimento sustentável.


Dados do IBGE indicam que no Brasil são gerados diariamente cerca de 140 mil toneladas de resíduos domiciliares, dos quais 70 mil toneladas são destinadas de forma totalmente inadequada nos lixões e o restante vai para aterros sanitários. Isso sem contar as 4 mil toneladas de resíduos produzidos pelos serviços de saúde, coletadas diariamente, das quais apenas 14% são tratadas adequadamente.

A falta de tratamento adequado dos resíduos em geral, a nova ocupação sucessiva de locais para deposição à medida que os mais antigos vão se esgotando, a própria escassez de espaço nas áreas urbanas, tudo isso vem gerando um problema cada vez maior e apresentando prejuízos incalculáveis para nossa sociedade em geral. Do ano de 1990 ao ano de 2000, a geração de lixo cresceu 49% enquanto a população cresceu apenas 19%. Dados do IBGE também estimam um crescimento populacional da ordem de 7,5 % nos próximos 10 anos. Isso significa que em 2019 seremos quase 206 milhões de habitantes no Brasil. E para onde vamos mandar tanto lixo?

Além de ser incentivador de ações que permitam maiores índices de redução e reciclagem, o Dr. Daniel Sindicic propõe a gestão de novas tecnologias para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Para isso, ele acrescenta um novo “r” na tradicional lista dos 3 “Rs” do meio ambiente:

Os “Rs” ficam assim:

1 – Redução do consumo.
2 – Reutilização dos materias.
3 – Reciclagem.
4 – RECUPERAÇÃO DE ENERGIA (RECICLANDO ENERGIA).

“Uma ótima solução para a destinação do lixo nas cidades é a GERAÇÃO DE ENERGIA a partir do tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos”, afirma o Dr Sindicic.

Dentro dessa quarta proposta da RECUPERAÇÃO DE ENERGIA, observe o quanto de energia elétrica é produzida através da combustão de apenas 1 kg de lixo domiciliar, de acordo com o Dr. Sindicic.

Poderemos obter energia suficiente para operar:

- um secador de cabelos por 24 minutos.
- uma máquina de lavar por 20 minutos.
- uma geladeira por 2horas e 52 minutos.
- uma tv por 5 horas e 45 minutos.
- um forno elétrico por cerca de 22 minutos.
- um ferro elétrico por 43 minutos.
- um computador por 5 horas e 45 minutos.
- uma lâmpada incandescente por 4 horas e 12 minutos.

Com apenas 1 kg de lixo, pode-se obter energia suficiente para tomarmos 8 banhos.

“O lixo urbano pode produzir calor e energia quando usamos tecnologias modernas para aplicar o quarto “erre” – RECUPERAÇÃO DE ENERGIA – obtendo assim a ENERGIA LIMPA.” diz o Dr Sindicic, phD pela USP na área de combustão e diretor da DDMA – Doutores do Meio Ambiente – “Atualmente existe tecnologia suficiente para tratarmos termicamente o lixo e obtermos energia limpa, sem agredir o meio-ambiente em nenhuma parte do processo”, afirma ele, com a propriedade de quem implantou o primeiro equipamento licenciado deste tipo no Brasil e atua há mais de 20 anos na área de tratamento de resíduos sólidos (incluindo resíduos perigosos, resíduos de tratamento de efluentes etc).

Além da recuperação de energia, se retomarmos o montante acima (140 mil toneladas lixo/dia) e aplicássemos o tratamento térmico, poderíamos evitar que aproximadamente 36 milhões de toneladas de CO2 seja lançada na atmosfera em um ano, o que seria uma ótima contribuição para reduzir o efeito do aquecimento global.

São Sebastião (litoral norte de São Paulo) poderá ser a primeira cidade brasileira a ganhar ENERGIA LIMPA através deste processo. Com o apoio da iniciativa privada e dos DDMA – Doutores do Meio Ambiente – está sendo implantado o primeiro projeto no Estado de São Paulo para geração de energia a partir dos resíduos sólidos urbanos. A fase de implantação, que é a primeira etapa do projeto, consiste no estudo do lixo, onde é realizado um levantamento minucioso da quantidade de lixo gerado pela região e o que cada resíduo irá gerar de energia limpa. Esse estudo e gerenciamento do projeto em andamento é realizado pelo Dr. Daniel Sindicic, pioneiro na nacionalização das tecnologias necessárias para o processo. “Essa nacionalização da tecnologia viabiliza a instalação dos equipamentos e a construção de uma unidade de recuperação de energia (URE) dentro dos padrões Europeus” afirma o Dr. Sindicic.


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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O pré-sal e o desenvolvimento sustentável

por Luís Fernando Guedes Pinto

É inegável a importância da descoberta de novas reservas de petróleo para o nosso País. Significa a conquista de um relevante estoque de energia, geração de riqueza, aumento da soberania e independência nacional, entre outros benefícios. Também é muito relevante reconhecer a importância e o avanço científico e tecnológico pelo fato de sermos capazes de explorar o petróleo nas situações extremas do pré-sal. Sem dúvida, este salto deve se desdobrar em diversas outras áreas do conhecimento.

Todavia, a celebração e a apresentação da descoberta e exploração do pré-sal como um marco na nossa história e o início de um novo País revela a miopia ou mesmo a ignorância de nossos líderes a respeito do desenvolvimento sustentável e onde podemos chegar. Destoa a comemoração pela descoberta de um recurso não renovável, de cadeia de produção poluente e um dos grandes responsáveis pelo aquecimento global e sua conseqüente ameaça para a humanidade. Tudo isto no século que desponta para a economia verde, a energia renovável, a biotecnologia, a reciclagem, os serviços ambientais, a logística reversa e tudo o mais que busca gerar riqueza e bem estar com minimização de impactos ambientais, conservação de recursos naturais, proporcionando condições para a permanência da humanidade na Terra no longo prazo.

O petróleo e o carvão mineral ainda são fundamentais para a nossa existência, devemos ser gratos a eles, mas deveriam ser tratados como símbolos do passado. O futuro está no sol, nos ventos, no solo, nas águas, na vida das plantas, animais e microrganismos e na inteligência e criatividade humana. Desconhecemos em grande parte o potencial natural para nos proporcionar alimentos, fibras, energia, fármacos e outras matérias-primas e produtos.

A solução de muitos dos nossos problemas pode estar em genes que não conhecemos. Nesse campo, não é possível pensar num limite. O limite do petróleo é queimar, produzir energia, virar fumaça, acabar e aquecer o planeta. Ao mesmo tempo, a alimentação de nossa espécie ainda depende majoritariamente de uma dezena de culturas agrícolas, usamos um número muito limitado de espécies nativas, seja de madeira ou de produtos não madeireiros. Enfim, desperdiçamos enormemente o potencial a nosso dispor, enquanto esgotamos os recursos não renováveis e poluímos e ameaçamos os não renováveis.

Se podemos nos orgulhar de ter o petróleo do pré-sal, que tal lembrarmos que somos um dos países que mais recebe energia solar, que possui grande reserva de água doce, um dos mais extensos litorais, a maior floresta tropical do mundo, um dos maiores reservatórios de biodiversidade, paisagens deslumbrantes, uma grande diversidade cultural e uma população capacitada e das mais criativas do planeta. Ainda vale destacar que estamos livres de terremotos, vulcões, furacões e tsunamis. Para alguns, a abundância de recursos e o desconhecimento da noção de escassez, seriam os responsáveis pela nossa miopia. Para outros, a ganância imediatista da nossa elite é o grande vilão pelo nosso tímido desenvolvimento e pujante degradação. É como se a Rio-92 não tivesse ocorrido, muito menos num país chamado Brasil. Lula esteve lá?

Portanto, as oportunidades de uma mudança de paradigma de desenvolvimento e uma revolução tecnológica nos poderia proporcionar uma riqueza de dimensão desconhecida, posicionar o Brasil de fato como um líder mundial, propondo e implementando uma nova referência para a humanidade. Será que a energia e as riquezas do pré-sal vão nos proporcionar as condições para esta transição, ou, ao seu final, faremos furos ainda mais profundos nos nossos próprios pés?

/*Luís Fernando Guedes Pinto*, engenheiro agrônomo e doutor em Agronomia pela Esalq-USP, com diversos trabalhos publicados sobre certificação e sistemas de produção agrícola, é secretário-executivo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora)./

Publicado no Portal Terra, Opiniões, Opinião Quarta, 9 de setembro de 2009, 16h45

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Em tempos dos créditos de carbono, onde fica a logística reversa de produtos poluentes?

Hoje está sendo muito discutido entre reuinões do G20, na rodada DOHA, nos blocos econômicos e entre empresas, as metas de redução da emissão de carbono na atmosfera que agravam e aceleram o efeito estufa.

O assunto tem progredido de tal forma que as reduções empresarias já são tratadas como valores mobiliários negociados em bolsas de valores e em balcão, onde os clientes compram os créditos de carbono para dessa forma atingirem as metas de redução estipuladas.

Contudo, a preocupação com a poluição da atmosfera é tão importante quanto a poluição do solo, dos mananciais, dos lençóis freáticos e do desmatamento das florestas, principalmente no caso do Brasil e sua tradição em atividades em commodities agrícolas e extrativistas, com menos desenvolvimento do parque industrial de produtos manufaturados e de alta tecnologia, o que empobrece nossa infra-estrutura em processar os componentes poluentes dos produtos que consumimos como pilhas, baterias de celular, pneus etc. Até mesmo produtos básicos como óleo de cozinha, que tem alto poder de contaminção da água – pois um litro de óleo pode contaminar até 25.000 litros de água – não recebem tratamento pois a realidade brasileira de saneamento básico é precária e ainda pior é a realidade do tratamento do esgoto doméstico.

Analisemos o caso da Prefeitura da Cidade de São Paulo que através da lei 13.316/2002 regulamentou no ano passado a responsabilidade pela coleta, destinação final e reutilização de embalagens e pneumáticos por parte de fabricantes e distribuidores desses produtos em 50% no primeiro ano após a validade da lei, 75% no segundo ano e 90% no terceiro ano.

È uma legislação de primeiríssimo mundo que destoa de nossa realidade de coleta de lixo público (qué de responsabilidade do poder público!), de saneamento básico, de cultura da população e da classe empresarial quanto a coleta seletiva e reciclagem.

Abre-se, então, uma brecha para a logística reversa (ou a logística de retorno do mercado para a empresa) e a responsabilidade social das empresas em conscientizar seus consumidores e coletar seus componentes poluidores do meio-ambiente. É a aplicação de uma lei da física traduzida para o ambiente empresarial “Nada se perde. Tudo se transforma.” A iniciativa privada conscientiza seus consumidores e disponibiliza postos de coleta dentro de sua cadeia de negócios. O poder público reforça a comunicação da responsabilidade de todos em destinar corretamente esses produtos poluentes, equipa os veículos de coleta, também disponibiliza postos de coleta, e promove a coleta dos postos até os locais de reciclagem ou destinação final desses produtos.

Seguem abaixo alguns exemplos de oportunidades de negócios com reciclagem de produtos costumeiramente descartados:

óleo de cozinha = sabão em pedra, detergentes, biocombustível;

pilhas e baterias = artefatos cerâmicos e vidros;

tubo de pasta de dente = telhas e materiais diversos na indústria da construção;

pneu = combustível-alternativo, asfalto, solado para calçados, tapetes, pisos;

isopor = tijolo poroso, argamassa, cimento leve.

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Banco Mundial do Clima deve ser criado?

Os cientistas alemães começaram a difundir a idéia da criação de um “Banco Mundial do Clima”. Os principais motivos, que os pesquisadores defendem para tal ação, seriam as elevadas emissões de CO2 entre outros gases do efeito estufa, a crise financeira internacional e as dificuldades que os países em desenvolvimento tem para investir em sustentabilidade.

A ideia da criação deste banco é que ele seja capaz de permitir às nações mais industrializadas a compra do direito de emissão de CO2 daquelas nações menos desenvolvidas. Esta ideia foi proposta por climatologistas do Conselho Alemão sobre a Mudança Global (WBGU, na sigla em alemão).

Os cientistas pregam que os países mais favorecidos devem comprar os “direitos de emissão” das nações menos desenvolvidas, caso queiram continuar a emitir altos níveis de gases poluentes.

Com o estabelecimento de um banco mundial do clima, as nações mais ricas poderiam adquirir as cotas dos países que poluem menos.

Os especialistas calculam que o comércio de cotas de emissões possibilite lucros anuais de R$ 80 bilhões a 241 bilhões em âmbito global. Para os cientistas, o valor arrecadado deveria ser destinado para ajudar os países mais vulneráveis a financiarem o desenvolvimento sustentável.

Qual você acha que seria a repercurssão da criação de um banco mundial do clima? O mercado de crédito de carbono é realmente a solução para driblar as mudanças climáticas?


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O cérebro com transtorno de déficit de atenção recebe menos recompensas pelo seu trabalho, diz estudo.


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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que acomete 3-5% das crianças e que frequentemente persiste até a idade adulta, podendo ser considerado um dos mais comuns transtornos neuropsiquiátricos. Os principais sintomas são a dificuldade em manter a atenção, o comportamento hiperativo e de impulsividade.

Já existe um bom corpo de evidências indicando que circuitos cerebrais baseados no neurotransmissor dopamina não funcionam tão bem nos indivíduos com TDAH. Um importante estudo acaba de ser publicado pelo periódico Journal of the American Medical Association revelando que quem sofre desse problema apresenta menor atividade em duas das principais regiões relacionadas ao processo de recompensa cerebral, o mesoaccumbens e mesencéfalo, regiões fortemente vinculadas ao neurotransmissor dopamina. Essa menor atividade foi demonstrada pela redução de receptores da dopamina D2 e D3 e de proteína de transporte da dopamina através de tomografia por emissão de pósitrons.

A dopamina é o principal componente do nosso sistema cerebral de recompensa, sistema ativado toda vez que fazemos algo que dá prazer e sinaliza ao cérebro que vale a pena repetir a experiência, já que é prazerosa. A redução dessa atividade do sistema de recompensa está associada a alguns dos comportamentos característicos do TDAH como dificuldade em postergar uma gratificação e resposta preferencial a pequenas e imediatas recompensas do que a recompensas mais robustas e que demoram mais para chegar. Além disso, esses circuitos cerebrais estão associados à motivação do aprendizado, e não é à toa que quem sofre de TDAH tem mais dificuldade em manter a atenção em atividades repetitivas e desinteressantes.

Os achados desse estudo reforçam a importância do uso de intervenções motivacionais que consigam aumentar a atratividade das tarefas da escola e do trabalho, especialmente entre os portadores de TDAH. A demonstração de redução de atividade no sistema de recompensa cerebral nesses pacientes também sugere que esse é um importante mecanismo que explica a maior vulnerabilidade ao abuso de substâncias psicoativas e abre uma nova perspectiva para o tratamento da doença.
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pesquisa revela que as doenças cardiovasculares são mais comuns em quem tem coxas finas.


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É bem reconhecido que algumas medidas do corpo humano estão associadas ao aumento de doenças cardiovasculares, como é o caso de altos índices de massa corporal, da circunferência da cintura e da relação da circunferência cintura / quadril. Mas não são só altos índices que estão associados a maiores riscos à saúde. Baixos índices de massa corporal e do nível de massa muscular livre de gordura estão associados a mortalidade mais precoce. A novidade agora é que baixos graus de circunferência das coxas também têm relação com a saúde, de acordo com pesquisa recém-publicada pelo British Medical Journal.

O estudo acompanhou cerca de três mil homens e mulheres dinamarqueses com 35 a 65 anos de idade e revelou que aqueles com circunferência das coxas menor que 60 cm tinham maior risco de morte e de doenças cardiovasculares do que aqueles com circunferências maiores que 60cm. Entretanto, circunferências maiores que 60 cm não trouxeram benefícios adicionais. Os resultados demonstraram ainda que o risco associado aos baixos níveis de circunferência das coxas foi maior que o de uma alta circunferência abdominal. A baixa circunferência da coxa é um sinal de baixo conteúdo de musculatura nessa região e também reflete baixo grau de musculatura de forma sistêmica. Estudos têm mostrado que a baixa musculatura corporal, especialmente em membros inferiores, está associada a maior risco de diabetes. Além disso, baixos teores de gordura subcutânea também têm sido vinculados a alterações no metabolismo da glicose e de gordura.

A presente pesquisa nos indica que é bem razoável o estímulo à atividade física com especial atenção à musculatura de membros inferiores. É importante frisar que 50% dos dinamarqueses estudados tinham circunferência de coxas menores que os 60 cm, sugerindo que o estímulo à atividade física é fundamental em qualquer canto do mundo. Em muitas populações do mundo o problema das coxas é falta de comida mesmo.


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