quarta-feira, 29 de julho de 2009

Flatshare Fridges – A geladeira econômica

O segredo está em seus em compartimentos isolados e independentes, que permitem que o usuário escolha o que guardar em cada um deles e abra somente o que precisar. Desta forma, evita-se que o ar gelado escape de toda a geladeira, o que faz com que a máquina tenha que trabalhar mais para compensar o ar perdido, gastando mais energia.

Batizada de Flatshare Fridges, a geladeira foi desenvolvida pelo estudante de Artes Aplicadas da Universidade de Viena, Stefan Buchberger. Além disso, cada bloco pode ser regulado em uma temperatura diferente, de acordo com os tipos de alimento, assim pode-se evitar o consumo desnecessário.

A geladeira tem uma base onde se pode encaixar até quatro blocos. Cada um pode ser customizado de forma independente, com compartimentos e regulagens de temperatura individuais. Ideal também, para quem divide apartamento e acaba tendo que dividir a geladeira.

A Flatshare Fridges é apenas um conceito até agora, e não está sendo fabricada, mas nada impede que em pouco tempo essa ótima idéia se torne realidade.

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Terra pode esquentar mais do que o previsto nos próximos anos

O que eventualmente os “céticos das mudanças climáticas” costumam argumentar para defender suas posições é que desde 1998, o ano mais quente registrado, as temperaturas globais se estabilizaram ou até diminuíram um pouco, provando que o aquecimento global é uma coisa sem sentido. Porém, uma nova pesquisa publicada na revista Geophysical Research Letters mostra que esses argumentos já não servirão mais.

Judith Lean, do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA e David Rind, do Instituo de Estudos Espaciais Goddard, da NASA, observaram os impactos combinados na temperatura global ocasionado pelas emissões humanas, aquecimento pelo sol, atividades vulcânicas e El Niño. Para a surpresa de muitos, esta é a primeira vez que todos esses fatores são estudados simultaneamente.

Os dois cientistas descobriram que a estabilidade das temperaturas globais nos últimos anos se deve ao decréscimo da entrada de raios solares. O resultado da fase anterior do ciclo solar de 11 anos, combinou com a não ocorrência de eventos fortes de El Niño. Isso mascarou o aquecimento causado pelas altas concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

Lean e Rind afirmaram que as temperaturas devem aumentar 150% mais rápido do que o previsto pelo boletim do IPCC. Além disso, como o mundo está entrando em um novo período de aquecimento pelo El Niño, o aumento da temperatura pode ser ainda mais notável.

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Medicações para reduzir o colesterol são preciosas mesmo para quem tem colesterol normal.


STATIN

Há um tempo atrás, a prevenção das doenças cardiovasculares era feita mais ou menos assim: se a pessoa tivesse pressão alta tomava remédio para pressão; se tivesse diabetes tomava remédio para diabetes; se tivesse colesterol alto, tomava remédio para colesterol. E é claro, dieta saudável, atividade física regular e cigarro nem no pensamento. Entretanto, de um tempo para cá, essa lógica tem mudado, pois tem sido demonstrado que muitas dessas medicações são mais polivalentes do que se imaginava inicialmente. As medicações que melhor exemplificam esse fenômeno são as estatinas, desenvolvidas pra redução dos níveis de colesterol.

Já é bem reconhecido que as estatinas reduzem o risco de eventos vasculares como o derrame cerebral e o infarto do coração não só em pacientes com altos índices de colesterol, mas também em portadores de diabetes e em quem já teve um desses eventos vasculares (prevenção secundária). Além disso, recentemente, um importante estudo demonstrou que essa classe de medicação pode reduzir o risco de eventos vasculares mesmo em pacientes sem diabetes ou colesterol alto, mas que apresentam níveis elevados de Proteína C-Reativa de alta sensibilidade no sangue. Já era sabido que índices altos desse marcador estão associados a um maior nível de aterosclerose, maior risco de infarto no coração e derrame cerebral.

Um estudo recém-publicado pelo British Medical Journal reuniu as principais pesquisas realizadas até então sobre o assunto e concluiu que as estatinas são medicações que realmente são capazes de reduzir o risco de um primeiro evento vascular em indivíduos com fatores de risco (ex: hipertensão arterial, diabetes), o que é chamado de prevenção primária. A análise envolveu dez estudos e mais de 70 mil indivíduos e demonstrou que o uso de estatina foi capaz de reduzir o risco de infarto do coração em 30%, o risco de derrame cerebral em 19%, e redução da mortalidade em 12%. Além disso, o estudo demonstrou que o uso da medicação a longo prazo não está associado ao aumento do risco de câncer.

O atual corpo de evidências aponta que indivíduos que apresentam fatores de risco vascular como o diabetes e a hipertensão arterial podem se beneficiar do uso das estatinas, especialmente aqueles com mais de 65 anos de idade. E esse benefício existe mesmo que o indivíduo não tenha problemas com seus níveis de colesterol.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Greenpeace lança seu ranking anual de eletrônicos verdes

O Greenpeace Internacional divulgou o seu Guia Verde de Eletrônicos, o qual publica todos os anos. Neste documento as companhias são listadas em um ranking de acordo com suas políticas a respeito de químicos tóxicos, reciclagem e mudanças climáticas. Este ano, fabricantes de computadores ficaram no fim da lista, a Apple em algum lugar no meio e as companhias de celulares atingiram os primeiros lugares do ranking. Abaixo segue a lista com a nota de cada companhia, que varia de 1 a 10, sendo 10 a melhor nota, com uma breve explicação feita pelo próprio Greenpeace.

7,45 Nokia – A maior nota atingida pois levou os competidores a eliminarem os tóxicos perigosos.
7,1 Samsung – Segundo lugar pelo seu compromisso em reduzir suas emissões absolutas.
6,5 Sony Ericsson – Subiu duas posições no ranking por seus produtos com melhor eficiência energética.
5,7 LG – Subiu duas posições no ranking, mas precisa eliminar químicos perigosos de todos os seus produtos.
5,5 Toshiba – Subiu duas posições no ranking com um ponto extra porque prometeu cortar os gases de efeito estufa.
5,5 Motorola – Subiu duas posições no ranking pelo uso de energia renovável.
5,3 Philips – Caiu da 4ª para a 7ª posição e precisa colocar em prática a sua prometida política de reciclagem responsável.
5,3 Sharp – Subiu da 9ª para a 7ª posição com seus produtos eficientes em energia.
4,9 Acer – Lançou 16 novos modelos de monitor que são quase livres de químicos perigosos e subiu da 11ª para a 9ª posição, mas ainda precisa trabalhar em seus cabos.
4,9 Panasonic- Subiu da 12ª para a 10ª posição pelos seus produtos eficientes em energia e livres de PVC, porém ainda continua com nota baixa na produção de resíduos eletrônicos.
4,7 Apple- Caiu uma posição sem mudança na pontuação, mas ganhou créditos pelo seu novo notebook “verde”.
4,5 Sony – Pulou do 5º lugar para o 12º por comprometer-se inadequadamente a eliminar químicos perigosos, cortar gases do efeito estufa e sua política de lixo eletrônico.
3,9 Dell- Permanece em 13º lugar pois não cumpriu o compromisso de eliminar os tóxicos perigosos.
3,5 HP – Não tem produtos disponíveis no mercado livres de substâncias tóxicas.
2,5 Microsoft – Perde um ponto pela política de reciclagem fraca, porém permanece em 15º lugar.
2,5 Lenovo- Desce dois lugares no ranking por não estabelecer um prazo para eliminar substâncias tóxicas de seus produtos.
2,4 Fujitsu- Penúltima posição por não ter produtos livres de químicos perigosos.
1 Nintendo- Última posição com uma pequena esperança de que fará consoles parcialmente livres de PVC.

Os fabricantes de computadores foram fortemente criticados neste ano por não cumprirem seus comprometimentos de remover químicos perigosos de seus produtos ou não criarem alguma política sequer a respeito disso.

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Brecha em lei pode beneficiar superposseiros na Amazônia

Convencido de que a floresta existe para “servir ao homem”, o paulista Roger Bressani* ocupa 190 quilômetros quadrados de terras da União na Amazônia –7,6 vezes o limite máximo de venda de terras públicas permitido pela Constituição. Roger cria gado, como a maioria dos candidatos ao programa de regularização fundiária do governo na região de Marabá, com altos índices de desmatamento e recordista em conflitos fundiários no país.

O programa Terra Legal pretende dar ou vender –grande parte a preço simbólico e sem licitação– 674 mil quilômetros quadrados de terras da União nos próximos três anos e não exclui as chances de Roger se tornar proprietário das terras. É o tipo de situação temida por alguns ambientalistas.

Embora o governo dê destaque para o grande número de pequenos posseiros a serem beneficiados, um número reduzido de posses (6,6%) reúne quase 73% das terras da região. Elas também poderão ser regularizadas mediante a divisão dos imóveis entre familiares, por exemplo.

Diferentemente dos grileiros, que ocupam terras públicas por meio de documentos forjados, os superposseiros como Roger não escondem que se apossaram de bem público. “Terra da União, na verdade, é do povo. Nunca pensei que fossem me tomar. Para dar para quem? Quem é melhor do que eu?”, diz Otávio Moura*, presidente da associação local de pecuaristas, também posseiro, junto com os filhos, de uma área de 30 quilômetros quadrados, que também deverá ser dividida e regularizada, sem licitação. “Aqui, ninguém tem título”, resume.

Tanto Roger quanto Otávio podem vir a se beneficiar de uma brecha no programa, o fracionamento dos imóveis entre membros da família, para obter os títulos de propriedade. O governo não se opõe a essa possibilidade, desde que as terras não sejam tituladas em nomes de laranjas.

Outra brecha no programa é o prazo de ocupação. A lei, sancionada por Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira, fixa 1º de dezembro de 2004 como data limite da ocupação. Desde a versão original da medida provisória editada pelo governo, no entanto, o texto prevê que a ocupação se dê por meio de “antecessores”. Na prática, o governo vai admitir transferência da posse em período posterior, desde que a terra tenha sido desmatada até 2004, conforme imagens dos satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A situação dele será analisada pelo programa, assim como os imóveis com área superior ao limite da lei e que vierem a ser fracionados. Provavelmente, haverá vistorias nas áreas. “Se criarmos muitas restrições, não conseguimos trazer [os ocupantes de terras públicas] para a legalidade”, avalia o coordenador do programa Terra Legal, Carlos Guedes.

Na primeira semana de cadastramento, limitado a poucas cidades ainda, 600 candidatos já se inscreveram.

As filas do cadastramento do Terra Legal são um retrato da ocupação da Amazônia. Em geral, ocupantes de terras públicas têm uma visão peculiar da floresta, que conheceram, nos anos 70 e 80, bem diferente da paisagem atual, na qual pastos predominam. “O homem da Amazônia não é um monstro. Todos queremos preservar, mas não à custa da nossa vida. Entre a mata e eu, vai morrer a mata. Os atores ganham a vida beijando na televisão, nós não”, alega Luiz Antônio*, numa referência aos atores que levaram abaixo-assinado a Lula em defesa da Amazônia.

Cecílio Ribeiro*, garimpeiro de Serra Pelada, não pagou nada pelos cerca de 29 quilômetros quadrados da União que ocupou em 86, no rastro da extração de mogno. Ele espera regularizar as terras, localizadas no município vizinho a Marabá, no limite do território dos índios Xicrim. “Não tivemos condições de abrir a mata, a despesa era muito grande”, disse, na expectativa de ser remunerado pelo governo para manter a floresta em pé.

Com a família na fila do cadastramento, o agricultor Ricardo Borba* chegou há sete anos na região, pagou pouco mais de R$ 100 por hectare da terra da União que ocupa. Pelo tamanho, Borba deve receber o título de graça. Cria 30 cabeças de gado, quase nada perto das 18 mil cabeças do superposseiro Bressani.

*Os nomes utilizados no texto são fictícios.

Qual a sua opinião? Como essa situação deve ser contornada?


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